«O ano lectivo 2015/2016 começou da mesma maneira que o ano lectivo transacto terminou», denuncia o Secretariado da Coordenadora Nacional do Ensino Secundário da JCP, sublinhando que «os problemas das escolas do Ensino Básico e Secundário arrastam-se de ano para ano, fruto da aplicação da política de direita, assente em sucessivos cortes de financiamento para a Educação, que ao longo de quase quatro décadas têm sido prática dos governos de PS, PSD e CDS».

Em nota de imprensa, a JCP lamenta que neste ano lectivo, que começou com uma semana de atraso, continuem os problemas de sempre, com obras paradas nas escolas, estudantes a ter aulas em contentores ou em salas sem condições, falta de pavilhões ou degradação dos mesmos, falta de aquecimento nas salas de aula, insuficiente número de computadores e falta de funcionários e professores. Os jovens comunistas contestam ainda a privatização de cantinas e bares, que faz aumentar os preços e reduzir a qualidade dos serviços, as escolas sem cacifos suficientes e as reduzidas verbas para a Acção Social Escolar.

«São cada vez mais os estudantes sem manuais e materiais escolares», alerta a JCP, informando que, neste ano lectivo, o custo dos manuais aumentou e as despesas com os materiais escolares deixaram de ter efeito para reembolso no IRS. Por outro lado, «os gastos com o passe escolar não param de aumentar, impedindo muitos estudantes de se deslocarem para as suas escolas». Outros [estudantes] são obrigados a trabalhar «para poderem suportar os custos de frequência do ensino» e muitos «deixam de estudar por não terem condições económicas e financeiras para o fazer».

Depois de saudar «os estudantes que votaram pela primeira vez nas eleições legislativas de 4 de Outubro» e «todos aqueles que levaram a luta até ao voto, contribuindo de forma decisiva para a derrota da política de direita e das forças que a sustentam», a JCP apelou à continuação da luta nas escolas e nas ruas em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade.